Profissões que Passaram à História: Os Leitores
No último artigo contamos a história dos “acordadores”, uma das muitas profissões que se extinguiu ao longo do tempo. Foi o primeiro de uma série de vários posts que assinalam o lançamento do novo curso de Técnico Comercial do nosso centro de formação.
Depois dessa peculiar profissão – que podes ler aqui – hoje, as atenções viram-se para uma outra: falamos dos “leitores”.
Embora com um nome bem mais apelativo, os leitores, foram outra das funções ultrapassadas pela natural evolução dos tempos, como tal, ganharam o direito a pertencer à nossa lista de profissões que passaram à história. Este é o segundo artigo que destaca a importância de escolher bem a nossa profissão. Lembra-te que as profissões como estas, na época, eram encaradas como as que hoje fazem parte do nosso quotidiano, mas nem por isso evitou que desaparecessem. Por isso, no momento de decidir, escolhe bem o teu curso e garante que reservas um lugar no futuro do mercado de trabalho.
O nosso curso de Técnico Comercial foi criado a pensar nisso mesmo, assim, se estás à procura de uma formação profissional que te abre as portas para o mercado, o teu lugar é AQUI.
Os Leitores
O que têm em comum a revolução industrial e o Spotify? Nós explicamos-te.
Apesar de um pouco mais tarde, à semelhança do que aconteceu com os acordadores, também os leitores, surgiram durante a revolução industrial. De facto, o boom a que se assistiu durante esse período da história, trouxe consigo vários novos ofícios e tarefas. A de leitor, foi uma delas.
Poderás estar a questionar-te o que tem então a ver o Sportify com tudo isto. A verdade é que, da mesma forma que hoje o usamos enquanto fazemos as mais variadas coisas, os leitores assumiam o mesmo papel que esta aplicação. Quantas vezes foste ao telemóvel para meter a tua playlist a tocar enquanto estudavas? Ou um podcast na viagem para as aulas? Todas estas ajudas são ótimas num qualquer momento em que queremos mesmo combater o tédio. Assim, na ausência de Spotify, os leitores eram o meio utilizado pelos trabalhadores para ajudar a passar o tempo.
Embora possa parecer estranho, esta era uma profissão bastante comum em pequenas e grandes fábricas durante a época da revolução industrial, especialmente em fábricas de charutos. Surgiu por volta do ano de 1800, era desempenhada, na sua maioria, por homens que eram pagos para ler durante os turnos de trabalho. Com tarefas duras e repetitivas ao longo de muitas horas, em fábricas lotadas de funcionários, por vezes, o dia a dia podia ser particularmente difícil de lidar. Dessa forma, os leitores eram contratados para tentar dar alguma qualidade às jornadas de trabalho. Liam de tudo um pouco, desde revistas, notícias dos jornais ou os mais variados livros. Tudo podia ser útil para tentar animar um turno cansativo.
Enquanto liam, estes homens sentavam-se em zonas elevadas das fábricas, para que o som chegasse mais facilmente a todos aqueles que o queriam ouvir. Numa época em que eram ainda muitas as pessoas analfabetas, esta era uma profissão que não estava ao alcance de todos e, quando comparada com a dureza dos restantes trabalhos nas fábricas, ser leitor, era uma função bastante agradável.
Se estás a pensar que este era um cuidado que os donos das fábricas tinham para com os seus funcionários, fica a saber que, na maioria dos casos, eram os próprios operários que contratavam os leitores. Aos seus já baixos salários, tiravam ainda uma parte para pagar este serviço.
Esta profissão conheceria o seu fim em meados do século XX. Neste caso, não foram logo substituídos por algo mais prático, como vimos no último artigo sobre os acordadores. No entanto, à medida que iam sendo utilizadas cada vez mais máquinas nas fábricas, o barulho que lá se fazia sentir impedia que as leituras destes homens fossem audíveis, tornando-se desnecessárias.
Depois de ficares a conhecer esta extinta profissão, já sabes: fica na história, não para a história. Inscreve-te no nosso curso de Técnico Comercial e abraça uma profissão com futuro. Junta-te a nós: aqui.